2016 Memórias Vestidas




O projeto Memórias Vestidas – Re-construção de indumentáriafoi desenvolvido a partir da colaboração entre artistas de diversas linguagens, com produção realizada por Anna Kuhl e Aline Barbosa. Todos os artistas e profissionais envolvidos foram mais que colaboradores, mas também co-autores deste projeto; são eles: os fotógrafos Andrea de Lima e Maycon Soldan; o designer e videomaker Bruno Cardoso; a professora de costura e modelagem Rosangela Rubbo, a produtora executiva Thais Tkatchuk, e a assessora de comunicação Paula Mathenhauer Guerreiro.

Contemplado em 2015 pelo Edital de Artes Integradas do Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo, esse projeto abarcou as linguagens de artes visuais, fotografia, audiovisual e moda; e desenvolveu criações a partir da memória e valorização da história cultural dos participantes. O objetivo principal do projeto girou em torno da memória produzida pela indumentária, que seria então desenvolvida como uma obra de artes integradas, realizada em diversas etapas: criação de trajes, fotografias desses trajes vestidos por suas criadoras, exposição das fotografias e registros gráficos do processo; e por fim, a realização de quatro vídeos roteirizados a partir do registro audiovisual de cada fase do projeto.



Foi um processo que contou com detalhado registro fotográfico, gráfico e audiovisual, publicado na forma de exposição e também em endereços virtuais . Ao todo, o projeto teve duração de nove meses, e as oficinas e exposição ocorreram no Museu da Imagem e Som da cidade de Campinas, São Paulo. A oficina oferecia vagas prioritariamente para a terceira idade, porém houve grande procura por jovens, que foram aceitos no curso e proporcionaram um encontro de gerações que enriqueceu o processo. Das onze participantes, seis tinham faixa etária acima de 60 anos e cinco mulheres eram de faixas etárias diversas, dos 18 aos 50 anos (KUHL, PRUDENTE, 2016).

O processo contou com uma introdução sobre história da moda e exercícios de tradução de memórias em formas poéticas, onde as alunas receberam orientação de manter todo tipo de registros criativos: imagens, sentimentos, desenhos, ou seja, qualquer forma de expressão que emergisse do resgate de histórias e memórias relacionadas à indumentária. Como bem coloca a jornalista Paula Guerreiro, o nome do projeto “aponta, poeticamente, para seu objetivo: vestir memórias” .

A pergunta norteadora para a escolha do traje a ser confeccionado foi Que Histórias Você Veste?”. A partir de uma roupa usada em um momento marcante ou determinado momento da historia pessoal das participantes, como infância, adolescência ou começo da maturidade, começava uma pesquisa de imagens, fotografias de família, registros orais, e do que chamamos na ocasião de “objetos afetivos”. Tais objetos eram de naturezas diversas, como retalhos de tecido, livros, objetos religiosos ou de decoração e se relacionavam com as memórias de indumentária que cada participante trazia, como fontes documentais e afetivas.


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